sexta-feira, 29 de junho de 2012

Profissionais da Educação receberão até três salários a mais do estado no dia 3

POR Alessandra Horto
Rio -  A Secretaria Estadual de Educação paga, na próxima terça-feira, até três vencimentos básicos adicionais para todos os servidores públicos das 305 escolas que atingiram as metas estipuladas pela pasta. As unidades têm 14.497 matrículas aptas a receber a bonificação, do total de 75 mil da rede de ensino.
Fazem parte do grupo serventes, merendeiras, profissional de apoio, professores e diretores. O adicional será pago com o salário de junho e o valor pode ser consultado hoje no site do PRODERJ:


De acordo com os dados divulgados ontem pela secretaria, 61% dos funcionários contemplados vão receber mais de 1,5 salários, enquanto 14% conquistaram entre 2,5 e três salários adicionais (total de 2.089). A maior faixa (3.717 matrículas) vai receber entre 1,501 e 2 salários adicionais. E 1.142 terão até 0,5 salário de bônus. As regionais metropolitanas VI e III (Rio de Janeiro) e Noroeste Fluminense têm o maior quantitativo de servidores contemplados.
Já as três regionais com melhor desempenho das unidades de ensino foram Noroeste Fluminense, Serra II (Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu, Bom Jardim, Silva Jardim, São Sebastião do Alto, entre outros municípios atingidos pela tragédia climática de janeiro de 2011) e Metropolitana VI (Rio de Janeiro). A Metro I (Nova Iguaçu, Japeri, Queimados e Mesquita) teve o pior desempenho.
O secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, destacou que o resultado foi o esperado e ressaltou que as metas foram rígidas para conseguir elevar o estado no ranking do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Ele contou que deve pagar em 15 de outubro, Dia do Professor, os R$ 500 de Auxílio Qualificação de 2012. Conforme a Coluna antecipou em 17 de junho, a bonificação será paga em dinheiro, em vez de cartão de débito.

GLP E TRANSPORTE

O estado divulgou ontem que alguns contracheques apresentaram valor errado da GLP (hora-extra) e informou que o valor será pago corretamente em 3 de julho. Já os servidores que atuam nas regionais receberão auxílio-transporte a partir de agosto.
NOVO CURRÍCULO

Wilson Risolia anunciou ontem que o EJA (Educação de Jovens e Adultos) será modificado em 2013. Haverá novo currículo, nova grade horária e as apostilas serão elaboradas pelos docentes. As mudanças serão anunciadas pela pasta em agosto.

Fonte: O Dia Online

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PROJETO MAIS LEITURA

Projeto facilita acesso ao mundo da literatura

Dia desses, Dona Neusa esteve na unidade do Rio Poupa Tempo em São Gonçalo, mas não para resolver burocracias. Neusa buscava histórias. Como gostava muito de ler na infância, ela tentava incutir o mesmo prazer ao neto, mas esbarrava num problema: toda noite era a mesma história, porque na casa de Dona Neusa havia apenas um livro. A solução veio em setembro do ano passado com o projeto Mais Leitura, tocado pela Imprensa Oficial, que vende livros novos a R$ 2 ou R$ 3.
O caso, contado pelo presidente da Imprensa Oficial, Haroldo Zager, é só uma das muitas histórias que circulam nas três agências do projeto (as outras ficam em Bangu e São João de Meriti, na Baixada Fluminense). Por lá marcam presença desde universitários, alunos e professores até donas de casa que descobrem na leitura um novo prazer. Na unidade de Bangu, por exemplo, a funcionária Letícia Dias coleciona um punhado de causos semelhantes.
“Tem pessoas que vêm tanto aqui que viram amigas. Uma senhora, por exemplo, disse que está arrumando um cantinho em casa para fazer sua biblioteca. Ela adora a estante de romances, e eu procuro arrumar em ordem para estimular o cliente a ler a série completa”, conta Letícia.
E os clientes, pelo visto, têm correspondido. Em oito meses de projeto já foram vendidos quase 200 mil livros – média de mais de 800 exemplares por dia. A meta é chegar a meio milhão neste ano. A expectativa é ainda maior com a “estante itinerante”: a Imprensa Oficial vai disponibilizar até agosto um ônibus para visitar todos os municípios do Estado. Os livros serão vendidos em praças e demais locais públicos.
“O sucesso se deve, basicamente, ao boca-a-boca. Quando conto para as editoras, elas ficam estarrecidas. Em nenhum lugar é normal vender 30 mil livros num mês. Sempre acreditei ser falsa a ideia de que o brasileiro não gosta de ler, e este projeto é prova irrefutável disso”, conta.
Claro que, sem o apoio das editoras, o projeto seria inviável. E mais de 40 empresas ajudam a abastecer a Imprensa Oficial com títulos recém-lançados, que vão desde grandes clássicos da literatura até romances policiais, literatura estrangeira, economia, história, biografias e autoajuda. Obras que poderiam custar R$ 40 ou R$ 60 e, no Mais Leitura, são encontradas por, no máximo, R$ 3. A ação tem como objetivo estimular a adesão de novos leitores, o que acaba beneficiando indiretamente o mercado editorial.
Como não se trata de competir com as livrarias, não há um ranking das obras mais vendidas. Mas os livros infanto-juvenis são, disparados, os mais adquiridos – o que comprova que o objetivo principal do projeto, de fomentar novos leitores, vem sendo alcançado. Prova disso foi o militar Cleiton da Silva Medeiros, que teve de ir ao Rio Poupa Tempo de Bangu tirar uma nova carteira de identidade. Ele nunca tinha ouvido falar do Mais Leitura, mas aproveitou para conferir – e levar dois exemplares.
“Tenho um filho de seis meses, e me interessei por um livro que ensina como estimular o hábito da leitura nas crianças desde cedo. Mostra como ela vai aprendendo, entendendo as coisas, e vou tentar fazer isso com meu filho”, contou.
Gerente da agência de Bangu desde a inauguração, há quatro meses, Cristiana Andrade conta que já chegou a vender 600 livros num dia. Para evitar que se compre várias obras de uma só vez – o que iria restringir a aquisição por mais pessoas –, cada cliente pode comprar até dois exemplares por dia. Mas é possível fazer uma carteirinha que dá direito a um livro de graça a cada 10 adquiridos.
“Tem gente que nem acredita, pergunta se é aluguel, se tem de devolver. E também tem muitos universitários que passam aqui. Alguns professores, inclusive, chegaram a dar pontos para alunos que compram um livro e fazem a carteirinha”, conta Cristiana.
A assistente jurídica Márcia Guedes, 43 anos, é um exemplo de universitária que conta com o apoio do projeto. Estudante de direito, ela vai semanalmente à agência conferir as últimas novidades na sua área. Outro dia ela esteve lá procurando por um livro de português jurídico, mas foi informada que só chegaria na semana seguinte. Não perdeu a viagem, e acabou comprando um romance.
“É uma ótima distração. Ler faz bem pois estamos sempre nos inteirando, melhorando a escrita e aprendendo mais”, defendeu.

Histórias de quem se debruçou sobre os livros para vencer na vida

Histórias de quem se debruçou sobre os livros para vencer na vida

POR Maria Luisa Barros
Rio -  Eles driblaram a violência e uma vida de carências. Venceram o preconceito que teima em excluir pela raça, pela deficiência e pela pobreza. Paulo, Wallace, Vanderlei e Hugo são exemplos de vida para 6,3 milhões de jovens que estão nas universidades brasileiras, o dobro de uma década atrás. Estímulo para jovens do Rio, estado que tem o segundo maior índice de reprovação no Ensino Médio do País. E uma lição para 46% dos estudantes que não concluem esse segmento.

Após anos a fio debruçados sobre pilhas de livros, conquistaram salvo-conduto para uma vida sem discriminação. Paulo Rangel, 50 anos, se tornou, em 2010, o primeiro promotor negro do Ministério Público nomeado desembargador do Tribunal de Justiça pelo governador. Ex-porteiro das Casas Pernambucanas, publicou seis livros e fala três idiomas: inglês, italiano e espanhol. “Não sou gênio. Só estudei mais”, ensina o professor da Uerj, aprovado em 1º lugar no concurso.
'Fui vítima de preconceito racial, o que só me fortaleceu', Paulo Rangel, desembargador do TJ | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
'Fui vítima de preconceito racial, o que só me fortaleceu', Paulo Rangel, desembargador do TJ, 50 anos | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Wallace Martins, 29 anos, resistiu à guerra do tráfico na favela da Grota, onde foi morto o jornalista Tim Lopes, e se tornou engenheiro. Fez doutorado pela UFRJ e comprou um apartamento para os pais que se mudaram do Complexo da Penha para Olaria. “Sem eles não teria chegado até aqui”, agradece o jovem que leciona no Cefet.

Assim como o pesquisador da Coppe, o professor doutor em História da América Latina, Vanderlei Vazelesk Ribeiro, 42 anos, recebeu dos pais operários a força de que precisava para superar a cegueira que o acompanha desde o berço e sobreviver no elitizado mundo acadêmico. “Na universidade muitos não me queriam nos trabalhos em equipe”, recorda o mestre, aprovado em oito concursos sem reserva para deficientes. No da Rural, ficou com a única vaga, disputada por mais cinco candidatos. Na última seleção conquistou cadeira de professor doutor na UniRio, onde trabalhou na juventude como ascensorista. “Tinha certeza de que um dia voltaria numa situação melhor”.

Hugo Rodrigues dos Santos, 24 anos, ex-morador do Complexo da Maré, ainda sob domínio do tráfico, também foi o primeiro de sua família a chegar à universidade. “Minha mãe é auxiliar de serviços gerais e meu pai, que já faleceu, era caminhoneiro”, conta o técnico em edificações. Cálculos do pesquisador Marcelo Neri mostram que quem tem curso superior — mesmo que ainda não o tenha concluído — tem salário 327% maior que quem nunca frequentou escola: “Nos desculpem os céticos, mas educação é fundamental”.

Ex-morador da Maré que construiu novo futuro

Hugo viu no curso técnico para pedreiro do Senai a chance de um futuro melhor. Das obras do PAC no Complexo do Alemão para a faculdade de Engenharia Civil foi um pulo para o jovem, que pretende saltar ainda mais longe. “Quero gerenciar grandes obras”, sonha o jovem, que concilia o trabalho como instrutor do Senai com as aulas do 1º período de Engenharia. A ascensão social de jovens como Hugo é reflexo do aumento da escolaridade dos brasileiros. De 2000 a 2010, o total de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (1º ao 9º anos) caiu de 65,1% para 50,2%, enquanto o de jovens com superior completo subiu de 4,4% para 7,9%.

Fonte: O Dia Online

Biblioteca no Forte de Copacabana para a Rio +20

 

RIO — A sala que abriga uma das ambientações mais elogiadas do evento Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, a biblioteca, que fica no espaço Capela, teve cerimônia de abertura na noite desta quinta-feira. A diretora Bia Lessa, responsável pelo projeto, com dez mil livros selecionados por 120 personalidades brasileiras, batizou o lugar como Biblioteca Terezinha Gonzaga Ferreira.
— Ela foi uma educadora que promoveu uma despadronização da educação. Fundou uma escola (o Ceat, em Santa Teresa) em que cada pai pagava o que podia, assim, reuniu todas as classes. Foi uma iniciativa sem fins lucrativos. A família se mudou de uma casa confortável para um apartamento de quarto e sala, por causa da opção que ela fez, descrita em seu livro "O suicídio das patroas", já que ela achava que não devia existir patroa em educação — disse Bia Lessa, que é filha de Terezinha Gonzaga Ferreira, que morreu há seis anos.
A cerimônia contou com convidados como a atriz Renata Sorrah, o compositor Jorge Mautner, a chef Roberta Sudbrack e o músico Bernardo Lobo, que cantou sua parceria com Edu Krieger "Mãe natureza".
— A Rio+20 é extremamente significativa. E Bia Lessa conseguiu representar isso com essa biblioteca. É o espaço do pensamento, da cultura, da reflexão, que é o mais profundo no humano, que é a nossa diferença — disse Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã.
Ao fim do evento, a biblioteca será doada a uma comunidade contemplada com Unidade de Polícia Pacificadora. O projeto Humanidade 2012 é uma iniciativa de Fiesp, Firjan, Fundação Roberto Marinho, Senai-Rio, Sesi-Rio e Sesi-SP, com patrocínio da prefeitura do Rio, do Sebrae e da Caixa Econômica Federal.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rio é o terceiro estado em crescimento na taxa média de aprovação escolar

Rio é o terceiro estado em crescimento na taxa média de aprovação escolar

Rio -  O Rio ficou entre os estados brasileiros que apresentaram maior crescimento na taxa média de aprovação escolar, indicador que serve de base para o cálculo do Indicador de Fluxo Escolar e, por conseguinte, do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica criado pelo Ministério da Educação em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino). Entre 2009 e 2011, considerando todas as unidades da federação, a rede do Estado do Rio apresentou a terceira mais significativa melhora em termos de Taxa Média de Aprovação.

No Ensino Médio, o aumento na Taxa de Aprovação da rede estadual do Rio foi de 5%. Com isso, o Rio foi o terceiro estado com maior aumento nessa taxa, o que demonstra a consistência do trabalho que vem sendo realizado.

Comparando o desempenho da rede estadual com as redes públicas e privadas do Estado do Rio de Janeiro, a melhora da Taxa de Aprovação foi mais acentuada (meio ponto percentual). A redução do abandono (queda de 4,1%) foi mais importante do que a redução da reprovação (queda de 1,2%).

Quando consideramos as séries do Ensino Médio, vale notar que a 1ª série, que é justamente aquela em que menos se aprova (e isso é verdade em todos os estados), foi a que demonstrou maior progresso. Nela, o aumento na taxa de aprovação chegou a 5,6 pontos percentuais, o que também nos colocou na posição de 3º melhor estado em termos de progresso na taxa de aprovação desta série.

No Ensino Fundamental, o aumento na Taxa de Aprovação também foi de cerca de 5%. Este foi o segundo maior crescimento, considerando todas as unidades da federação.

A melhora em Taxa de Aprovação da rede estadual, nesse segmento, foi maior que a observada na rede pública do estado como um todo, que aumentou, no período entre 2009 e 2001, 4,4 pontos percentuais. Também foi maior do que o aumento observado no conjunto total do estado (junção das redes privada e pública), cuja Taxa de Aprovação cresceu em 3,9%.
De fato, a Taxa de Reprovação do Ensino Fundamental da rede estadual do Rio de Janeiro caiu 3,6 pontos e, novamente, foi a terceira melhora mais significativa entre as unidades da federação. Já a taxa de abandono caiu 1,3 pontos. Isso significa que, na rede estadual, os alunos estão abandonando menos. Isso se deve, principalmente, ao menor índice de repetência.

Historicamente, o Indicador de Fluxo do Estado do Rio de Janeiro vinha se deteriorando constantemente, e os índices de 2011 mostram que, de fato, houve uma guinada na política educacional, capaz de reverter o quadro de baixo rendimento.

A Taxa Média de Aprovação ainda precisa melhorar, mas já avançou muito. Os indicadores de "fluxo escolar" e "desempenho", que compõem o Ideb, ainda não foram divulgados.

Mesmo sendo um dos estados de maior progresso no período 2009-2011, como nosso ponto de partida em Taxa de Aprovação era baixo, será preciso manter esse ritmo acelerado de progresso para que alcancemos uma posição mais confortável em termos de fluxo escolar.

Fonte: O Dia online

Estudantes do Rio recebem gibis que explicam atribuições do Ministério Público

Estudantes do Rio recebem gibis que explicam atribuições do Ministério Público

Rio -  Os personagens da Turma da Mônica ajudarão estudantes do Rio a entender o papel e as atribuições do Ministério Público. Meninos e meninas de 9 a 15 anos são o alvo da iniciativa - uma parceria entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Secretária Estadual de Educação - que pretende distribuir 1 milhão de gibis nas escolas estaduais e particulares.
O lançamento da iniciativa ocorreu na manhã desta terça-feira no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, zona sul da capital fluminense, com uma aula inaugural ministrada pelo procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes. As histórias da revista mostram aos alunos que o Ministério Público é um defensor dos interesses sociais e coletivos. O gibi destaca questões referentes ao meio ambiente e à defesa do consumidor, além de explicar como o cidadão pode fazer denúncias ao Ministério Público.

Para Cláudio Lopes, mostrar para crianças e adolescentes, por meio de quadrinhos, o papel exercido pelo Ministério Público cria a possibilidade de que esse conhecimento seja replicado a outras pessoas. “A ideia que se tem é que cada exemplar possa se multiplicar por três ou quatro. A mãe e o pai, independentemente do grau de escolaridade, ou qualquer pessoa com uma linguagem mais simples vai poder ler e conhecer a atuação do Ministério Público”, explicou.

O aluno do 3º ano do ensino médio Victor Rodrigues elogiou a iniciativa e a linguagem lúdica do gibi. “Eu gostei da ideia de usarem os quadrinhos, é uma coisa que os jovens vão gostar e apoiar”, disse.

As informações são da Agência Brasil